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O crescimento da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA foi a mola propulsora para a criação deste canal de comunicação, já que realizamos inúmeras atividades e nem sempre a divulgação dos eventos era feita de modo adequado. Utilize este espaço para sugerir, opinar, criticar, divulgar eventos relacionados a orquidofilia. Queremos fazer deste blog uma ferramenta importante para cada aficcionado pelas orquídeas.

Saudações orquidófilas

Robinson Viegas dos Reis
Presidente da ORQUIPIRA

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Em tempos de Cattleya walkeriana

Estamos no auge da floração da Cattleya walkeriana. Esta admirável planta, que apesar do pequeno porte produz flores grandes e vistosas, de inebriante perfume e com grande variedade de cores e formas, adquiriu nos últimos tempos status de rainha e tornou-se objeto de desejo inatingível a nós plebeus. Boas plantas custam alguns milhares de reais e a rápida evolução na qualidade dos novos clones, fazem de nossa planta perfeita, uma planta comum em muito pouco tempo. A grande quantidade de seedlings produzidos mantém o preço das pequenas mudas mais estável e só desta forma poderemos ser premiados com plantas campeãs. Para não depender apenas da sorte, precisamos adquirir mudas de produtores idôneos, que realmente tenham cruzado o que está anotado na etiqueta e conhecer um pouco da genealogia das plantas para saber seu real potencial como matriz. É muito fácil dizer que cruzou duas plantas maravilhosas e culpar a variabilidade genética quando, anos depois, ao florir pela primeira vez a nossa plantinha, bem cuidada e muito querida, ela apresentar forma, qualidade e cor muito diferentes do esperado para o cruzamento. Vemos com frequência cruzamento a venda, com nome de plantas famosas, mas sabidamente inférteis ou muito pouco férteis. Isto vale para qualquer espécie e não apenas para as nobres walkerianas.
Quando Gardner descreveu a espécie em 1839, batizando-a em homenagem ao seu assistente Edward Walker, com certeza não imaginou o furor que ela causaria no futuro. Hoje temos exposições exclusivas para elas e até mesmo associações de colecionadores no Brasil e no Japão dedicados apenas ao seu estudo.
Para as plantas de forma em desacordo com o modelo de beleza vigente (pobres coitadas vítimas de discriminação), muitas vezes o que nos resta é colocá-las em uma árvore, devolvendo à natureza, parte daquilo que foi usurpado. A da foto foi colocada em meu quintal e duvido que alguém possa chamá-la de feia.
Bom cultivo.



PS: Difícil entender porque as plantas ficam melhores quando abandonadas à própria sorte, do que sob os cuidados de nós orquidófilos. É para pensar!
PS2: para saber mais visite
          http://www.acwbr.com.br/

Um comentário:

Anônimo disse...

HEHEHE... REALMENTE... EH DE SE PENSAR...