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O crescimento da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA foi a mola propulsora para a criação deste canal de comunicação, já que realizamos inúmeras atividades e nem sempre a divulgação dos eventos era feita de modo adequado. Utilize este espaço para sugerir, opinar, criticar, divulgar eventos relacionados a orquidofilia. Queremos fazer deste blog uma ferramenta importante para cada aficcionado pelas orquídeas.

Saudações orquidófilas

Robinson Viegas dos Reis
Presidente da ORQUIPIRA

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Momento Cultural V - Primórdios da Hibridação

 Durante o século XIX, uma grande revolução cultural ocorria no Velho Mundo e nossas orquídeas não poderiam deixar de fazer parte dos momentos de insônia de botânicos, naturalistas, cultivadores. Com a chegada de milhares de novas espécies provenientes das viagens ao redor do planeta,uma das preocupações era a de reproduzir artificialmente as plantas que devido aos riscos e custos das viagens só estavam a disposição dos nobres da época. O conhecimento da participação de agentes polinizadores específicos, da anatomia das orquídeas, permitiu a fecundação artificial pelo homem  e criou a possibilidade teórica da produção de híbridos (cruzamento entre diferentes espécies). Quem primeiro obteve sucesso com a produção artificial de um híbrido (os polinizadores naturais faziam isso há muitíssimo tempo) foi John Dominy, funcionário do famoso Veitch & Sons Nursery, que recebeu de John Harris, cirurgião local  da cidade de Exeter na Inglaterra, os primeiros conhecimentos necessários permitindo iniciar cruzamentos especulativos com as plantas floridas do orquidário. A maior dificuldade era fazer germinar as sementes e crescer com sucesso as pequenas plantas originadas do processo. Após várias tentativas ele descobriu que semeando as sementes nas raízes da planta mãe o sucesso na obtenção das pequenas plantas era maior (hoje sabemos que isto ocorre pela presença de fungos específicos, as micorrizas, vivendo em simbiose nas raízes das orquídeas, e que estes são fundamentais para a reprodução das plantas - este método é conhecido por simbiótico, ao contrário do hoje utilizado com a produção em meio de cultura que é o assimbiótico, mas isto é assunto para outro tópico). Era o ano de 1853 e vários cruzamentos foram feitos por Dominy. O primeiro cruzamento a florescer foi no ano de 1856, quando em 28 de outubro, James Veitch levou para o famoso botânico John Lindley o primeiro cruzamento feito com sucesso pelo homem entre a Calanthe masuca e a Calanthe furcata, batizado de Calanthe Dominii. A primeira floração de um híbrido de Cattleya feito pelo homem, ocorreu em agosto de 1859 e foi batizado de Cattleya Hybrida. John Dominy apesar de seus feitos extraordinários não tinha o hábito de anotar com precisão seus cruzamentos, existindo relatos de que a Cattleya hybrida poderia ser oriunda do cruzamento de C. granulosa x C. harrisonae, C. granulosa x C. loddigesii, C. guttata x C. intermedia e C. guttata x C. loddigesii. Segundo a maioria dos autores a forma da Cattleya hybrida deixa claro seu parentesco com C. guttata e C. loddigesii.
John Dominy
Calanthe masuca
Calanthe furcata
Calanthe Dominii

Cattleya Hybrida



2 comentários:

Adriane disse...

Bennnnhêêêê!!!! temos a Calanthe masuca???? eu quero!! haha!! bela matéria, bjs Dri

elizabete_duarte disse...

Já estava sentindo falta do momento cultural!! Na busca da perfeição os homens estão realizando cruzamentos cada vez mais apurados seja para atender as demandas do comércio como para produzir plantas mais adaptadas com relação a resistência a pragas e outras temperaturas e habitats.A RHS(Royal Horticultural Society ) faz os registros de hibridos e seus boletins períódicos podem ser acessados pela internet .É necessário muito cuidado e estudo para ingressar nessa aventura!!!